terça-feira, 20 de novembro de 2012

O novo Caixa do Corinthians ou A Fiel desperta a Caixa



O que, a meu ver, precisa ser compreendido é a própria existência de empresa estatal. Realidade bastante contestada a partir dos anos 80, a Empresa Estatal mudou bastante desde então. Hoje, essas empresas fazem parte de um aparato estadista de controle do mercado pelo mercado. Funcionam para fomentar, investir e até desacelerar em caso de necessidade, segundo os critérios governistas, que, por mais que desacreditem, não podem ignorar a opinião pública nem o próprio mercado.
A partir disso, precisamos pensar nas razões do banco ao optar pelo Corinthians. Não vejo qualquer perfil internacional na CEF, o que me assustar na escolha ocorrer neste momento. Por isso, talvez seja interessante compreender o projeto que vem acompanhando o patrocínio. Ao escolher o Corinthians, a Caixa briga pelo que é mais seu: o mercado interno. O uso dos cartões de crédito para o Fiel Torcedor vislumbra aumentar sua participação num momento em que o crédito se expande no país, em especial, entre as classes C e D, cuja maioria paulista torce para o tal Corinthians Paulista.
O valor anunciado e até mesmo a possibilidade de se internacionalizar, tornam o movimento um bom negócio. Mais que isso, cumpre o papel de banco ao investir e ganhar cliente. Como também atende ao desejos do governo em fazer presença firme no mercado para produzir nele os sintomas que deseja, para o mal, mas também para o bem.

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