sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Jadson, Pato e o Paulistão

A troca de Jadson por Pato, ou a troca de Pato por Jadson tem muito comentário e muita gente sem saber no que vai dar. É impossível  saber se vai dar certo, por isso cabe nos perguntar: era necessária a troca?

Não sei... acho que o Corinthians precisava de um meia. E acho que Rodriguinho podia ser esse cara, por isso acho desespero buscar o Jadson. Rodriguinho foi punido por erros coletivos da derrota para o Santos. Erros os quais tem séria responsabilidade do técnico Mano Menezes. Também acho que Pato funciona muito bem ao lado do Guerrero e que basta segurar os laterais pra que o sistema defensivo do time de Itaquera não seja essa vergonha. Mas no fim, acho que o SCCP pode aproveitar mais o Jadson do que o SPFC aproveitar o Pato.

Isso porque o SPFC não precisa de atacantes. Ademilson e Luís Fabiano não são craques mas fazem gols, coisa que Pato não faz há um bom tempo. Combinar as aves no Morumbi seria maravilhoso. Um tem o passe brilhante e o outro a arrancada pra receber o tal passo em profundidade. Mas nem um nem outro sabem ou querem ajudar o time a marcar. Se funcionarem bem juntos, é importante um sistema defensivo melhor e acho que os problemas do SPFC são maiores que os do SCCP lá atrás. O problema de Muricy é não ter jogadores defensivos de qualidade. Por outro lado, Wellington é extremamente esforçado e Antônio Carlos tem aparecido de modo perfeito lá na frente.

Mas o problema não nem esse nem aquele. O problema se chama Campeonato Paulista. Ele infla o calendário com muitos jogos de baixa qualidade, elimina as chances de uma pré-temporada decente e só ajuda a gerar crises nos times grandes. O Corinthians não começou mal e o São Paulo estava se recuperando da má estreia e dois clássicos perdidos fazem os times entrarem no desespero. Perder clássico é a coisa mais normal da história do futebol brasileiro. Um tem que ganhar não é? Precisa de crise?

Não tenho dúvidas que se o campeonato tivesse no máximo 7 partidas, os dois clubes fariam pré-temporadas melhores e chegariam à Copa do Brasil e ao Brasileirão mais bem preparados.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

2013: ANO BOM OU RUIM PARA NOSSO FUTEBOL?

Opinar graças a Deus é algo ainda livre! Mesmo não sabendo jogar bola e ter tido um ano sofrível no Cartola, ainda tenho liberdade para dizer algumas coisas! Vamos aos pontos:

Positivos:

1. Seleção Brasileira (!!!). Como foi bom ganhar da Espanha! Felipão, quem diria, soube aproveitar as últimas tendências do futebol: marcação-pressão, volante-goleador e zagueiro cabeludo! Um futebol ofensivo, técnico, tático e maravilhosamente improvisado. Toques de calcanhar, corta-luz... Ufa que maravilha!

2. Cruzeiro como campeão. Muito mais bonito de se ver do que os últimos quatro outros campeões (Fluminense, Corinthians, Flamengo e São Paulo)! Aliás, espero que esses quatro, um pior que o outro este ano (mesmo com título rubro-negro), imitem o Cruzeiro na forma de se jogar futebol. Futebol bonito é feito de passes, cruzamentos, movimentação e, por favor, dribles! Embora, ainda nos faltem mais dribles...

3. Cuca, campeão da Libertadores. Ainda um técnico que morre no sufoco mas não se fecha feito um medroso lá atrás. Não que eu não gostasse do Corinthians 2012, era atento, taticamente disciplinado, sempre pronto para a hora de fazer o gol da vitória, sem deixar o adversário respirar, que conduzia a bola em boas triangulações, etc. Mas nesse ano, o melhor do futebol foi ofensivo, pra frente. E Cuca é a razão disso. Mostrou pra todos nós que nosso futebol ainda pode ser alegre.

4. Bom Senso FC. Os atletas também estão dispostos a ir para as ruas. E demorou! Como foi bom saber que ainda tem gente com cérebro jogando bola... E mais ainda, com coragem e disposição, o que falta a 80% da população quando o assunto é política.

Negativos:

1. Torcida. A morte do boliviano por conta dos torcedores do Corinthians, o 'auê' no CT do São Paulo, a torcida do Botafogo em si e a briga entre vascaínos e atleticanos são exemplos da vergonha que as organizadas trazem ao nosso futebol. Faltaram outros. Mas como resolver essa vergonha?

2. Calendário. Talvez a grande razão de termos visto um dos piores campeonato brasileiros dos últimos anos. Corinthians, São Paulo, Fluminense e Atlético-MG são, na minha opinião, as grandes vítimas dessa loucura. Foi notável a queda de rendimento de todas as equipes (exceção de Cruzeiro e Atlético-PR) no segundo semestre. Até cego vê, que no fim do ano, os times tão só o pó!

3. CBF. Nem precisa comentar.

4. Estádios da Copa. Mortes, acidentes, atrasos, superfaturamento, licitações estranhas...

5. Mundial de Clubes. Se não aprendermos que ele não é tão importante quanto parece, vamos continuar dando vexame. A obrigação de qualquer time sul-americano é ganhar a primeira partida. Ganhando, deve-se jogar por jogar, a obrigação é do outro. Não devíamos ter a vergonha gaúcho-mineira nem o excesso de respeito paulista. Mundial é que nem festa de formatura. Tá lá porque ganhou. Não é vestibular.

domingo, 22 de setembro de 2013

Um Cruzeiro sem cruzadas?


Ataque superpoderoso e dono de recordes; defesa razoavelmente segura e de rápida transição para o ataque; muita movimentação e 15 vitórias; invicto dentro de casa. Um campeão antecipado, pode-se dizer. A vitória do Cruzeiro sobre o Botafogo, especialmente pela forma como se conquistou entrega o título antecipado ao Cruzeiro, sem desespero, sem batalhas, sem lutas. Certo?
A probabilidade do clube de Belo Horizonte levantar a taça é enorme e não é possível questionar sua competência. A questão que perdura é sobre sua facilidade. É possível crer que tão rápido e tão facilmente isso acontecerá? Improvável. O Brasil continua longe do modelo europeu, onde as equipes campeãs são pouco ou nada desafiadas e que o clássicos são o grande momento de teste, na maioria das vezes sem influência na corrida direta pela taça. Isso no Brasil ainda é utopia.
Apesar disso, as últimas equipes campeãs - de 2010 pra cá - disparam mesmo na primeira etapa e conseguem se manter longe dos rivais graças a sua "gordura". Algumas disputas com a "segunda opção" dão bons ares à competição. Foi o caso de Corinthians e Fluminense em 2010, Corinthians e Vasco em 2011 e Fluminense e Atlético-MG em 2012. A derrota do Botafogo não deve tirar o clube de Oswaldo de Oliveira dessa vaga de "segunda opção". A não ser pelo time de Renato Gaúcho que, a exemplo desse mesmo Cruzeiro, só que em 2010, tirou o segundo lugar do Timão e assim o obrigou a jogar contra o Tolima.
A cruzada do Cruzeiro, extremamente vitoriosa, pode diminuir seu ritmo. Hoje é mais uma batalha. Embora longe do seu melhor, o Corinthians ainda é um teste de Titãs. Tanto o Cruzeiro quanto o Botafogo só venceram o campeão mundial por um único gol e em suas respectivas casas. No Pacaembu, apesar da derrota para o Goiás, o Corinthians ainda é firme. Até o preto da rua do meu condomínio sabe que o problema do Corinthians não é a defesa, mas o ataque. O possível 4-2-2-2, sem centroavante, de hoje tem como objetivo segurar o Cruzeiro no seu campo de defesa, como no mata-mata da Libertadores 2012. O risco ainda é a lateral direita do Corinthians onde atua o Edenílson. Provavelmente, será o ex-volante o responsável pelas infiltrações, já que o resto do time ficará preocupado com marcação. Maldonado seria o responsável para parar o ex-corintiano Willian, assim como Romarinho.
O Cruzeiro sempre busca a vitória. Não se acomoda no campo de defesa e gosta de espaço para jogar, embora não se canse de procurar esses espaços. Não será um grande jogo. Mas será uma batalha para o futuro campeão.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Brasileiros não sabem jogar Libertadores!

A frase acima já foi dita diversas vezes. E parece verdade. Parece.

Precisamos entender que a Copa Libertadores nunca foi unanimidade entre nós brasileiros. Mesmo que alguns digam que esse negócio de que ela não é importante é coisa de quem não sabe ganhar, temos que reconhecer diversos aspectos negativos do torneio como: má arbitragem, violência dentro e fora de campo, viagens cansativas e desgastantes e, finalmente, baixo retorno financeiro. Se o assunto é dinheiro, pasmem, vale mais à pena jogar o Paulistão.

Faz pouco tempo que o torneio ganhou a dimensão que hoje tem. Eu diria, particularmente, que o bicampeonato do São Paulo, em 92/93, foi o a porta de entrada para a valorização do torneio sul-americano, mas também podemos dizer que a Libertadores do Flamengo e do Grêmio, em 81 e 83 respectivamente, sejam o motor de arranque desse prestígio. Se pensarmos na data que eu, pobre mortal considero, chegamos a números interessantes.

Desde que o Tricolor Paulista foi campeão, passaram-se apenas DEZOITO finais com brasileiros (num total de 21), NENHUMA semifinal sem um clube do nosso país. Tais números são irreais para a Champions League onde não há uma presença tão marcante. Só os mexicanos na Concacaf são tão presentes. Nesse mesmo período, os argentinos ficaram fora de ONZE finais, e não participaram de QUATRO semifinais.

Não me venham agora com esse discurso de que nós somos incompetentes no torneio. Ninguém como nós é tão perigoso nesse torneio. Sempre começamos entre favoritos.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

São Paulo dispara e é líder!

Ainda falta muito para o Tricolor Paulista poder ver a taça, mas a corrida já começou e ele está à frente. Num segundo de atuação perfeita contra ninguém mais que o sempre candidatíssimo a assumir o posto de Ney Franco, Paulo Autuori, o São Paulo mostra porque é sim um dos favoritos ao título.

Com 6 pontos, o time inicia bem o campeonato, algo que é fundamental. Para efeitos de comparação, Corinthians perdeu 4 pontos desses mesmos 6 e só balançou as redes 2 vezes, todas vindas de volantes. O desempenho de Luís Fabiano merece destaque, tanto quanto sua parceria com Aloísio cuja oportunidade de jogar ao lado do Fabuloso não é a primeira. Esperamos que não seja a única.

A falha de Rogério Ceni deveria acender o sinal amarelo quanto ao M1to. Não se pode manter um goleiro que não passe suficiente segurança. Ainda sim, Paulo Miranda e Lúcio fizeram boa parceria e não deram chances a maiores sustos.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Brasileirão tem favoritos, sim!

Me incomoda há tempos ouvir que o nosso campeonato brasileiro começa com 10 ou 12 favoritos. Mentira! Nunca foi assim. Talvez tenha sido em anos atípicos, cheios de surpresas. Mas até para o Brasil são mais raros do que as pessoas gostam de dizer.

Como não sou jornalista, também não recebo pelo que falo, posso falar sem ter medo. No Brasil não existem 12 grandes! É incomparável o octacampeão brasileiro e tricampeão da Libertadores Santos, com o Atlético Mineiro, que tudo que ganhou de peso na sua vida foi um único Brasileirão. Então vamos parar com essa conversinha que só é politicamente correta. E sim, ao que interessa.

Hoje já podemos notar qual dos times que não estavam na Libertadores têm chances de se candidatar ao título: Cruzeiro! Ano passado começou bem, mas caiu. Ainda assim, esse ano é melhor, mantendo a base do ano passado. Botafogo e Internacional ainda precisam de mais para serem favoritos. Mesmo assim, devem brigar pelo G4 durante a maior parte do campeonato.

Grêmio, São Paulo e Fluminense são os melhores do ano passado que começaram com vitória o atual torneio. São favoritos ao G4, especialmente, porque têm peças de reposição e condições para se reforçarem.

Outro que estava na Libertadores, terminou bem o ano passado apesar de não ter terminado no G4 é o campeão mundial. Corinthians tem tempo para repor sua condição física e evoluir para beliscar mais um título no ano, apesar de começar com um empate em casa.

Enfim, temos 6 candidatos sérios ao título, pode ter certeza que dali sai campeão: Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Grêmio e São Paulo. Ah... e o Atlético? Atlético? Atlético, não. Atlético será campeão da Libertadores.

domingo, 5 de maio de 2013

Corinthians e o vacilo de Ceni

Há quem diga que pênaltis é loteria. Talvez seja sim. Mas não só da sorte é feita a loteria. A loteria também é feita de chances e no campo tem mais técnica em questão que no cassino. As chances são lotéricas: iguais. Já a técnica destoa a comparação.

No jogo, o São Paulo foi melhor. Mas sem Osvaldo, machucado no quadril em desarme não faltoso de Gil, o tricolor não mantém o mesmo perigo, nem velocidade. Luís Fabiano vai poder chorar e espernear por um lance de erro do bandeirinha, mas nada além disso. Perdeu para o zagueirão corintiano. Ganso parece estar, aos poucos, de volta. Tem incrível visão de jogo e ótimo posicionamento, mas não faz gol, seu velho defeito desde tempos de Santos. O melhor para seu time foi, sem dúvida, a marcação no meio campo.

Do outro lado, a velha e segura defesa corintiana. Cansa. Quantas vezes mais os corintianos vão se proteger nela? Sem Renato Augusto, a criatividade do alvinegro não brilha. Pôr Douglas em campo seria, a meu ver, o melhor caminho. O time já jogou com um meia centralizado e já que não há outra opção no elenco, é o melhor. Gil e Paulo André foram muito bem, sem erros e, melhor, sem faltas. O time tricolor mesmo controlando o jogo fez mais faltas que o alvinegro. Os críticos vão apontar o jogo truncado, mas pelos números, a responsabilidade é do time do Morumbi.

O resultado foi justo e os pênaltis em jogo de pouco ou nenhum gol é sinal de fracasso. O resultado nesse caso não pode ser contestado. Rogério Ceni parece ter dado o sinal verde para a passagem corintiana. Errou o lado em três dos cinco pênaltis batidos. Para além disso, cometeu um erro grave ao adiantar-se de modo tão visível no último pênalti. Como manter a mesma concentração depois de ser advertido pelo juiz? Como tirar a confiança de um jogador com rodagem internacional depois de fazê-lo crer que só perderá o pênalti se o goleiro pular com três passos à frente da linha do gol? Não deu outra. O único a defender pênalti foi Cássio que, ao contrário do veterano batedor de faltas, só errou o lado duas vezes, além do pênalti defendido. Vale lembrar quem foi que bateu a última bola tricolor: Luís Fabiano.

Se eu pudesse mudar o título do post seria: Como craques fazem mal ao São Paulo. Ou mesmo: São Paulo e Corinthians mostram ao Santos e ao Palmeiras como bater e defender pênaltis. No Peixe, só Rafael se salva.