domingo, 5 de maio de 2013

Corinthians e o vacilo de Ceni

Há quem diga que pênaltis é loteria. Talvez seja sim. Mas não só da sorte é feita a loteria. A loteria também é feita de chances e no campo tem mais técnica em questão que no cassino. As chances são lotéricas: iguais. Já a técnica destoa a comparação.

No jogo, o São Paulo foi melhor. Mas sem Osvaldo, machucado no quadril em desarme não faltoso de Gil, o tricolor não mantém o mesmo perigo, nem velocidade. Luís Fabiano vai poder chorar e espernear por um lance de erro do bandeirinha, mas nada além disso. Perdeu para o zagueirão corintiano. Ganso parece estar, aos poucos, de volta. Tem incrível visão de jogo e ótimo posicionamento, mas não faz gol, seu velho defeito desde tempos de Santos. O melhor para seu time foi, sem dúvida, a marcação no meio campo.

Do outro lado, a velha e segura defesa corintiana. Cansa. Quantas vezes mais os corintianos vão se proteger nela? Sem Renato Augusto, a criatividade do alvinegro não brilha. Pôr Douglas em campo seria, a meu ver, o melhor caminho. O time já jogou com um meia centralizado e já que não há outra opção no elenco, é o melhor. Gil e Paulo André foram muito bem, sem erros e, melhor, sem faltas. O time tricolor mesmo controlando o jogo fez mais faltas que o alvinegro. Os críticos vão apontar o jogo truncado, mas pelos números, a responsabilidade é do time do Morumbi.

O resultado foi justo e os pênaltis em jogo de pouco ou nenhum gol é sinal de fracasso. O resultado nesse caso não pode ser contestado. Rogério Ceni parece ter dado o sinal verde para a passagem corintiana. Errou o lado em três dos cinco pênaltis batidos. Para além disso, cometeu um erro grave ao adiantar-se de modo tão visível no último pênalti. Como manter a mesma concentração depois de ser advertido pelo juiz? Como tirar a confiança de um jogador com rodagem internacional depois de fazê-lo crer que só perderá o pênalti se o goleiro pular com três passos à frente da linha do gol? Não deu outra. O único a defender pênalti foi Cássio que, ao contrário do veterano batedor de faltas, só errou o lado duas vezes, além do pênalti defendido. Vale lembrar quem foi que bateu a última bola tricolor: Luís Fabiano.

Se eu pudesse mudar o título do post seria: Como craques fazem mal ao São Paulo. Ou mesmo: São Paulo e Corinthians mostram ao Santos e ao Palmeiras como bater e defender pênaltis. No Peixe, só Rafael se salva.

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