sábado, 27 de outubro de 2012

Quais os problemas do futebol brasileiro e qual as soluções para tais?


Criticar o futebol brasileiro pode parecer fácil. De longe, é difícil apontar quais são suas mazelas reais e porque o são. É óbvio que não sou estudioso no assunto. Que o seja. Sou um perna de pau, mas sei pensar.

Os problemas são:
1.       Baixa qualidade;
2.       Baixo público;
3.       Falta de organização;
4.       Falta de perspectiva.

A baixa qualidade teria três fatores: mau investimento na base, calendário extenuante, má gestão dos atletas.

I.            Graças ao Barcelona, falou-se bastante sobre as categorias de base. Mas, é importante dizer aos são-paulinos e mesmo aos santistas, que investir nas categorias de base não é revelar craques, nem gastar dinheiro (viram, corintianos?). O Barcelona das categorias joga como os do time principal, porque adotou uma escola. Adotou uma escola. Escola é um estilo de jogo definido, mas também uma filosofia de futebol. Isso simplesmente não há em qualquer clube brasileiro, até porque os técnicos são contratados para permanecerem por pouco tempo e sem acesso às categorias de base exceto se for para promover algum ao time titular.

II.            A média de jogos por temporada de um bom clube brasileiro está na casa dos 70 jogos.  O Corinthians pode terminar o ano com 74 partidas oficiais, excetuando-se dois amistosos. O Santos deve terminar a temporada com 76 partidas. Para se ter uma ideia, o Chelsea, considerando-se a temporada 2011-2012, teve 58 partidas, 61 se considerarmos a Carling Cup, de menor prestígio e disputada por times reservas. O que significa que um jogador na Europa tem 10 compromissos a menos que um no Brasil. E essa diferença vai aumentar ano que vem, sob a Nova Copa do Brasil. Por isso, temos tantas lesões e desfalques. E como pudemos ver com relação ao Engenhão, também temos gramados de péssima qualidade, uma vez que não permitimos que a gramínea descanse, tome sol e se fortaleça.

III.            Qualquer grande craque brasileiro sonha em jogar na Europa. Não é apenas uma questão financeira. É uma questão de visibilidade, sonho e conforto. Lá, possuem CTs melhores, jogam com outros craques e têm contato com diferentes escolas de futebol. Mas, mesmo que não quisessem, os clubes querem. Contrata-se a baixos preços a molecada, nem sempre tão moleca, e depois ganham rescisões na casa de milhões de euros. É por essas e outras razões que o brasileiro conhece duas das três fases de um grande atleta: o começo e o fim. O auge, ele não vê.

Outras questões... a gente vê na próxima postagem. Aguardem.

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