segunda-feira, 1 de abril de 2013

Páscoa Majestosa

Era páscoa este domingo. E, como católico, não fiz mais que comemorar em um bom churrasco o dia em que celebramos a vitória de Jesus sobre a morte. Vitória esta que sempre tem um outro lado, o lado da derrota, do fracasso. Ou nem tão grave assim.

Grave, sem dúvida, foi a goleada histórica aplicada pelo Mirassol sobre o Palmeiras. Vitória gloriosa para o time do interior que ainda briga para ter seu lugar ao sol nas quartas-de-final do paulistinha. Derrota amarga e cruel para o grande clube palestrino da capital paulista. Mas que, como é do futebol, acaba virando estatística, história, piada e, finalmente, passado. Jesus venceu a morte. O Palmeiras também podia vencer sua crise. Fez bem em manter Kleina que, ao final das contas, é o que tem pra hoje em um clube que há muito sofre para voltar à gloria. E os 2x1 diante do Linense não foi pouco nem muito. Só o suficiente.

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No domingo, entretanto, surgia outro certame prestes a tomar conta dos noticiários e fazer esquecer, ao menos por pouco tempo, os frangalhos alviverdes. Clássico com nome bonito: Majestoso. Talvez exagerado, talvez não. De fato, os dois clubes mais populares do estado de São Paulo. O confronto de dois times de poder econômico e com fartura de títulos nos últimos 15 anos. Mesmo assim, era no Paulistinha, a pré-temporada fora de hora.

Sentado à mesa com meu pai, santista, e com minha noiva, degustando umas belas fatias de picanha, ouvi o começo da partida. Mal terminei de degustar os prazeres da boa comida de minha sogra ouvi o grito: Gooooool! De quem? Pensei: do São Paulo. Acertei! Comecei a criticar e a dar voz a Ney Franco e a Tite. Clássico em campeonato estadual a alguns dias de jogos decisivos da Libertadores. Mau gosto de quem perderia tempo para degustar tal jogo, era melhor a Picanha. Mas me rendi.

Dados 5 minutos em jogada perfeita de Osvaldo e Jadson, iniciada em péssima desenvoltura de Alessandro que não sofreu falta, o Tricolor Paulista fez soar seu hino em seu próprio templo. Falhou em não fazer mais, e  pôde. O São Paulo foi, no primeiro tempo, muito mais incisivo e objetivo que o Corinthians. Mas não se menospreze um campeão mundial. Émerson, na lateral direita, faz lançamento belíssimo e perfeito para Danilo que mata muito bem, limpa a jogada e acerta no ângulo contra Rogério Ceni. Gooooool!!! Empatou? Pois é. Fui, então ao intervalo com picanha.

No segundo tempo, muito mais lento, a técnica, a marcação, a tensão me irritavam solenemente. E eu reclamava de um jogo fora de hora. Tão fora de hora quando o recuo da bola feito por Tolói. Não tive de dó de dizer que um jogador profissional não podia pensar em fazer o que fez. Pato, esse muito mais oportunista ontem que Fabiano, fez o que devia fazer, correu para a bola. Eu não daria o pênalti. Não gosto de jogo cheio de intervenções do árbitro. Mas, se precisasse marcar alguma coisa, seria o pênalti. Não houve pé alto. A verdade, triste para os são-paulinos, é que o Rogério Ceni furou. E furou porque Pato acertou a bola primeiro. Pênalti.

O fato é que se houve um duelo entre Luís Fabiano e Alexandre Pato, o segundo ganhou ontem. O reforço alvinegro foi paciente e não entrou na discussão que se seguiu, gerada inclusive pelas reclamações de Luís Fabiano. Pato, tranquilo, pegou a bola, pôs na marca e arregaçou a meta são-paulina. Corinthians punha fi, a 24 jogos de invencibilidade tricolor no Morumbi. Tudo, um dia, acaba.

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