quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Um brilho verde ressurge

A entrada daquele time vestido de verde podia remeter a outros tempos. Podia lembrar daquela final admirável em 98. Ou mesmo das duas semifinais seguidas em que despachou o rival do melhor torneio das Américas. Poderíamos lembrar de Marcos pegando pênalti. Ou mesmo ter o desejo de dar o troco àquele Boca que, pelo resultado de ontem, parece não ser mais o mesmo. Mas o Palestra também não era o mesmo. Ou era? Aquelas cabeças baixas deviam permanecer fitando o chão? Ou era a hora da catarse alviverde e de sua glória voltar a brilhar?

A princípio, Kleina parece ter errado. Vilson, zagueiro, posto como terceiro volante não convencia. Ele mesmo chegou a bater de fora da área mas essa não parecia ser sua melhor função. Faltava também aquele armador criativo, já que o Mago insistia em não estar disponível. Souza, reforço como Vilson, fez de tudo para cumprir o papel de segundo volante. Corria pela direita, pela esquerda, marcava, testava chutes, passes, enfim, de longe o mais esforçado. Não o melhor, entretanto. Henrique sim foi muito bem. Seguro, fechando o centro da grande área e muito bem nas bolas altas. Tão bem que fez o melhor que podia fazer: gol aos 39', depois da cobrança de escanteio por Wesley.

Só a partir de então o Palestra vibrou em campo. Um time ainda em formação, meio desencontrado, mas disposto a apagar as manchas de um passado recente no mínimo incômodo. Veio o intervalo, e o Palmeiras mostrava querer jogo. Levou, no entanto, um banho de água fria. Em pênalti cometido por Marcelo Oliveira, o time peruano empata. Veio então aquele frio na espinha. Outra decepção? Não.

A entrada de Caio e, depois de Ronny, fizeram daquele Palmeiras, de três volantes até então, num time ousado. E em participação do atacante que protegeu Patrick Vieira na pequena área saiu o segundo gol.

Alguns podem até dizer que o Grêmio fez bom negocio e eu tenho certeza que sim. Mas os resultados de hoje parecem dizer que não.


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